quarta-feira, 4 de maio de 2011

IFF (Insónia familiar fatal)

É uma patologia neurovegetativa, geneticamente transmitida, que produz um grande sofrimento e que não tem um tratamento ou cura.
As alterações do sono, provocadas pela doença, a princípio não são reconhecidas, devendo o médico aprofundar-se nos detalhes familiares e no prontuário do paciente. As mudanças cognitivas tardias incluem um estado de confusão mental que desembocará em um quadro de demência, e por fim na morte.
Embora seja uma doença geneticamente transmitida, não é associada ao sexo. É rara em pacientes de origem asiática, sendo que o primeiro caso de Insónia Familiar fatal em chineses foi descrito somente em 2004.


Ocorrência
Nos homens este quadro inicia-se por volta dos 50 anos, embora a maioria dos casos ocorra entre os 20 e os 61 anos de idade (independentemente do sexo).
A duração típica da IFF é de 7 a 36 meses, com uma média de duração de 18 meses.
Possiveis Sintomas
  • Demencia
  • Termores musaculares
  • Dificuldades a nível da mobilidade
Diagnóstico
O diagnóstico se baseia na história do paciente e também na história familiar. Os casos são graves, de duração moderada, levando invariavelmente à morte num período de 1 ano.
Num Electroencefalograma (EEC) o paciente mostra alterações, sendo que embora os pacientes aparentem estar a dormir, o EEC demonstra que o seu cérebro permanece "acordado", não fornecendo o descanso necessário ao cérebro.

Tratamento
Não existe nenhum tratamento definitivo, apenas alguns tratamentos paliativos, as intervenções baseiam-se no fato de que alguns sintomas podem ser secundários à insónia, e outros resultam directamente da doença.
Alguns destes tratamentos são:
  • Suplementos de vitaminas
  • Neurolépticos
  • Anestesia
  • Estimulantes
  • Privação sensorial
  • Exercícios
  • Tratamentos à base de luz
  • Hormonas de crescimento
  • Tratamentos com electrochoques



Actualmente os tratamentos usados para aumentar a qualidade de vida das pessoas que sofrem de FFI são:
  • Tratamento com gama hidroxibutirato (GHB) - sucesso temporário
O prognóstico destes pacientes é que o paciente, portador desta patologia, geralmente supera a média de tempo de sobrevivência sem dormir, em mais ou menos 1 ano, tempo que é suficiente para escrever um livro ou dirigir com sucesso centenas de km.
A conclusão dos tratamentos tentados leva a um aumento do tempo de vida durante a doença, embora não exista uma prevenção, nem previsão da morte. Espera-se que algum destes métodos possa inspirar terapias futuras.

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