quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Distúrbio Delirante Paranóide



Os psiquiatras fazem distinção entre o discreto distúrbio paranóide de personalidade, descrito acima, e O distúrbio delirante paranóide, mais incapacitante.
A característica mais marcante deste último é a presença de um tipo de delírio persistente e não bizarro, sem sintomas de qualquer outro distúrbio mental. 
Delírios são crenças fortes, não verdadeiras, não compartilhadas por outras pessoas da mesma cultura e não facilmente modificáveis. Cinco tipos de delírios são observados. Em alguns indivíduos, mais de um pode ocorrer.  
Persecutório : O delírio mais comum nos distúrbios delirantes. Enquanto quem tem personalidade paranóide podem suspeitar de que os seus colegas estão a rir à sua custa, pessoas com delírio de perseguição desconfiam que os outros estejam elaborando grandes tramas para perseguí-las. Acreditam que estão a ser envenenadas, drogadas, ou que são alvo de conspirações com o intuito de arruinar a sua reputação ou até lhes causar a morte. Às vezes, movem acções judiciais com a intenção de serem ressarcidas por injustiças imaginárias. 



Delirio da Grandeza: A pessoa é convencida, pelo seu delírio, possuir algum grau de parentesco ou ligação com personalidades importantes ou, quando não, possuir algum grande e irreconhecível talento especial, alguma descoberta importante ou algum dom magistral. Outras vezes acha-se possuidor de grande fortuna.
(Pessoas com delírios de grandeza geralmente acham que são dotadas de poderes especiais e que, se autorizadas a praticar esses poderes, poderiam curar doenças, erradicar a pobreza, assegurar a paz mundial ou executar feitos extraordinários.  )
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Delírio de ciúme: Qualquer indício — até uma mancha insignificante na roupa ou um pequeno atraso para chegar em casa — é interpretado como evidência de que o cônjuge está sendo infiel. 





Delírios eróticos: envolvem uma fixação romântica por uma pessoa, geralmente alguém de nível social mais elevado ou alguma celebridade. Indivíduos com delírios eróticos muitas vezes assediam pessoas através de inúmeras cartas, telefonemas, visitas e vigilância furtiva.  







Delírios Hipocondríacos: estão convencidos de que há algo errado com seu corpo — acham que exalam mau cheiro, sentem-se infestados por insetos ou se julgam deformados e feios. Devido a esse tipo de delírio, tendem a evitar o convívio social e passam muito tempo consultando médicos sobre suas doenças imaginárias.





(1)    Exemplo:
Ruth é uma secretária eficiente e prestativa. Os seus superiores e colegas de trabalho valorizam muito a sua contribuição no escritório. No entanto, Ruth passa as suas noites a escrevee cartas a autoridades. Sente que Deus abriu a sua mente e lhe ensinou a cura do cancro. Quer que algum importante centro de tratamento utilize essa cura em todos os pacientes, para provar ao mundo de que está certa. Muitas das suas cartas são respondidas, outras recebem respostas evasivas, o que a faz sentir que ninguém compreende que ela seria capaz de salvar todos os pacientes de cancro, se lhe fosse dada à chance. Quando alguma de suas cartas é respondida por um assessor da autoridade a quem foi dirigida, ela tem a certeza de que o destinatário foi deliberadamente mantido desinformado do seu conhecimento e capacidade. Algumas vezes desespera-se com o facto de que o mundo jamais saberá o quanto ela é maravilhosa, porém não desiste e continua a escrever. Ruth sofre de um dos tipos de distúrbio delirante, o delírio de grandeza (ou megalomania).  

Ainda não foi avaliada de forma sistemática a hipótese de que pessoas com distúrbio delirante possam constituir perigo para outras, mas a experiência clínica sugere que tais pessoas raramente são homicidas. Os indivíduos delirantes geralmente são irritáveis e, por isso, são tidos como ameaçadores.
 Nos raros casos em que indivíduos com distúrbio delirante tornam-se violentos, suas vítimas geralmente são pessoas que inadvertidamente se encaixam em seu esquema delirante. A pessoa em maior perigo no relacionamento com um indivíduo com distúrbio delirante é o cônjuge ou amante

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Distúrbio Paranóico de Personalidade

Manifesta-se em pessoas que são desconfiadas sem motivo, de tal modo que os seus pensamentos paranóicos destroem sua vida profissional e familiar. Elas são:
Desconfiadas desconfiança permanente, procuram motivos inexistentes como base das suas desconfianças. Num relacionamento, pode apresentar-se sob a forma de ciúme patológico e infundado. Estas pessoas não conseguem abandonar os seus temores.
Hipersensíveis – são excessivamente alertas (podem ofender-se sem motivo aparente), tendem a ser muito defensivas e hostis. Não aceitam criticas, mas são extraordinariamente críticos.
Frias e Distantes são pessoas polemistas e irredutíveis, tendo dificuldades em manterem vínculos afectivos. Evitam relacionamentos interpessoais e orgulham-se por serem racionais e objectivas.
Pessoas com uma perspectiva paranóica em relação à vida raramente procuram auxílio médico, não é da sua natureza pedir ajuda.
Profissionalmente podem actuar com competência e a nível pessoal, podem procurar redutos sociais onde o estilo moralista e punitivo é aceitável ou tolerável.

Paranóias


As paranóias são pouco comuns. Presumo que muitos de vocês já se sentiram “paranóicos” em algumas situações ou chamaram outros de paranóicos.
O que pretendemos mostrar-vos neste blog são os verdadeiros paranóicos!
Os Paranóicos não são facilmente detectados, podem ser pessoas iguais a qualquer um de nós e a sua “doença” estar, de certo modo, escondida. Ao longo deste ano lectivo iremos expor como se exprimem e como os tentar ajudar e diminuir os seus problemas.
A paranóia é uma espécie de psicose, isto não quer dizer que toda a gente que sofra de psicose seja paranóica. A paranóia actua a nível cerebral, há estudos que procuram descobrir como é que estas se desenvolvem, mas até hoje ainda não existem respostas definitivas.
Além disso, muitas pessoas confundem paranóias com fobias. Estas não são a mesma coisa, sendo que as fobias são medos irracionais desenvolvidos em experiências passadas, que nos pode levar a um trauma. Estes, podem ser levados ao extremo, mas mesmo assim não se encontram no mesmo nível das paranóias.



 
No campo das paranóias, existem três tipos de distúrbios, que iremos falar durante a progressão do projecto.

  • Distúrbio Paranóico de Personalidade 
  • Distúrbio Delirante Paranóico  
  • Esquizofrenia Paranóica